
Mas será mesmo que não há um forte impacto dos novos meios e tecnologias nos meios de comunicação tradicionais? Eu acho que tem e mostro:
Não faz muito tempo que vimos o Jornal da Tarde, ou apenas JT, do grupo Estado, fechar as portas, agradecendo à cidade pelos 46 anos que o Jornal se inspirou nos acontecimentos de São Paulo e veiculou na cidade. A notícia surpreendeu o grande público, era o Grupo Estado, um ícone na comunicação brasileira, abrindo mão de um de seus títulos. Uma crise entre os periódicos? Talvez... Já vemos isto também fora do país, com jornais que abrem mão de suas versões impressas e migram para veiculação apenas online, com opção de portal tradicional e tablet, mas aceitando a inviabilidade da impressão.
Este ano é a vez da Crise do Grupo Abril! Após divulgar que o grupo que abrange vários meios de comunicação, está passando por uma reformulação e reestruturação, já se sabe de algumas decisões que chocam devido à importância das marcas...

Como se não fosse o suficiente ver a MTV desligar-nos de seu conceito, ... O que será do público masculino sem a Playboy? Pois é, esta é uma das 10 marcas que será descontinuadas dentro do portfólio de magazines da Abril.
A licença da marca da revista americana criada por Hugh Hefner, conquistada pela Abril na década de 1970, deve se finda este ano e sem renovação. A revista, famosa por ensaios sensuais de belíssimas e poderosas mulheres, as grandes divas, e por entrevistas incríveis vem perdendo seu glamour. De 15 anos pra cá a Playboy vem decaindo em ritmo, visibilidade, importância e não, não necessariamente por concorrência, seja de outras magazines com o mesmo foco ou mesmo meios de comunicação. Mas pela qualidade do seu material.
Quem disse que o público playboy se interessa por Pânico na TV, Dançarinas de funk ou Axé? Quem disse que o cara que lê, aprecia e até colecionava PlayBoy nos anos 1990 também foi conquistado pelos realities show como BBB, A Fazenda, e outros? Quem disse que rebaixar o nível das entrevistas, cortando trechos, focando em assuntos extremamente focados em sexo ia agradar? Quem disse que os velhos leitores queriam uma nova postura da revista? OU que com uma nova postura angariariam os novos leitores, adolescentes interessados em ensaios sensuais femininos? Pois é... Quem disse?

Mas... sim, fique tranquilo, o público Playboy ainda tem o site da revista americana para visitar. E se o interesse for pornográfico, a Internet está repleta de sites com material disponível gratuitamente (não faço aqui um aceite a eles, mas é fato que existem e tem público cativo).
E assim, no mundo em que nada é insubstituível, lá se vai um jornal tradicional de uma das principais cidades do mundo... A MTV do, talvez, país mais musical do mundo... E a Playboy do país famoso pelas belas mulheres... E em paralelo a isso, a queda dos números do varejo tradicional, um crescente número de acessos e aderência às redes sociais, canais de vídeos, compras online, a diversidade de aplicativos, a explosão do mundo mobile e acesso diário à web.
Será mesmo que não está na hora de grandes e pequenas empresas se reinventarem em tempos virtuais?
Sim, vivemos um momento de transição, onde qualidade na produção de conteúdo é fundamental e se reinventar em relacionamento com o público, de forma ON e OFFline é imprescindível, não importa qual seja o seu produto ou tamanho da sua empresa...
E você, já avaliou como está a qualidade do que produz e reputação da marca na Internet?
Converse comigo! ;)
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