Cheiros conquistam, influenciam nossas preferências, sabores, nossa forma de olhar para as coisas/pessoas e na decisão de tocar ou não. Dos 5 sentidos, um deles é capaz de influenciar outros 3, o Olfato! E se ele possui todo este poder, é necessário prestar atenção nisso! Por exemplo: Sempre que abrimos um vinho, o cheiro dele é importante, certo? Quando chegamos em casa e sentimos um cheiro bom na cozinha, ele abre nosso apetite, não é? Flores são adoráveis pela beleza e pelo cheiro delas e as frutas passam em seu cheiro o frescor do alimento, concorda? Ah, e claro, quem resiste ao cheirinho de café, de manhã ou após o almoço?
Com a bolha econômica, o crescimento do potencial de consumo da chamada Classe C e da economia brasileira como um todo sabemos que toda forma de conquistar e fidelizar o cliente no mercado de varejo é importante! Cada vez mais as pessoas pensam em conforto, valorizam bom atendimento e querem mais do que preço baixo ou produto para pronta entrega, elas querem viver uma experiência, e ter o que contar sobre produtos, lojas, marcas!
Observando este cenário de necessidades e oportunidades, fica a questão: Não está passando da hora de o varejo e marcas brasileiras acordarem para o Marketing Sensorial? A identidade Olfativa de uma marca não é “um cheirinho que o gerente gosta e coloca na loja”, é um estudo desenvolvido levando em conta todo o branding construído e diretrizes de uma marca, uma fragrância desenvolvida com base em uma estratégia que visa conquistar seus clientes, criar identificação com eles.
Esta estratégia é bastante usada em Marketing Experience nos Estados Unidos, é uma tendência no Brasil, que já é o maior mercado de Perfumaria mundial e promete ser o primeiro em consumo de cosmético e beleza até 2015, ultrapassando Japão e Estados Unidos. Um povo que valoriza tanto a vaidade, beleza e cheiros merece marcas mais atentas ao perfume de seus ambientes e embalagens, não é mesmo?
Mas quais marcas já aplicam este conceito em seu Marketing Experience?
No Brasil, a Melissa desenvolveu uma fragrância adocicada, semelhante ao tutti-frutti , para receber seus clientes em suas lojas. O cheiro afirmou-se como marca olfativa da Melissa e é reconhecido pelas clientes e defensoras da marca de calçados.Mas nem sempre dá certo. Quando vamos ao Lar Center, Shopping de Mobiliário em São Paulo, há algumas lojas que proporcionam estas experiências, mas nem sempre a associação do produto ao cheiro acentuado de um ingrediente funciona e não é porque chocolate e madeira são marrons que combinam, não é mesmo?rs
Nos Estados Unidos há marcas que fidelizam e atraem os consumidores que estão na rua para dentro da loja pelo cheiro que exalam. Um exemplo muito forte lá é a marca de moda casual com foco na classe média alta, Abercrombie & Fitch! Quando entramos em uma Abercrombie, seja loja de rua ou mall, logo sabemos que estamos lá, devido à experiência que ela proporciona. Mas tudo começa com a identidade olfativa da marca e aplicada nas lojas.
Outro exemplo é a clássica Victoria’s Secrets. Também com foco no público Classe C, a Victoria’s possui um cheiro diferente, adocicado, sem exagero, que transmite a mensagem da marca, integra o clima agradável das lojas e faz as consumidoras procurarem nas frascos aquele cheiro da loja, que nunca encontram, mas como há vários similares, influência o consumo de outros, aumentando o ticket de vendas.
E então, já pensou como seria o perfume da sua marca?
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