sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Perfumaria e Marketing Experience

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Quem não gosta de um bom perfume? Aquele cheirinho bom seja na cozinha, num ambiente relax ou naquela pessoa especial?

Cheiros conquistam, influenciam nossas preferências, sabores, nossa forma de olhar para as coisas/pessoas e na decisão de tocar ou não. Dos 5 sentidos, um deles é capaz de influenciar outros 3, o Olfato! E se ele possui todo este poder, é necessário prestar atenção nisso! Por exemplo: Sempre que abrimos um vinho, o cheiro dele é importante, certo? Quando chegamos em casa e sentimos um cheiro bom na cozinha, ele abre nosso apetite, não é? Flores são adoráveis pela beleza e pelo cheiro delas e as frutas passam em seu cheiro o frescor do alimento, concorda? Ah, e claro, quem resiste ao cheirinho de café, de manhã ou após o almoço?


Com a bolha econômica, o crescimento do potencial de consumo da chamada Classe C e da economia brasileira como um todo sabemos que toda forma de conquistar e fidelizar o cliente no mercado de varejo é importante! Cada vez mais as pessoas pensam em conforto, valorizam bom atendimento e querem mais do que preço baixo ou produto para pronta entrega, elas querem viver uma experiência, e ter o que contar sobre produtos, lojas, marcas!

Observando este cenário de necessidades e oportunidades, fica a questão: Não está passando da hora de o varejo e marcas brasileiras acordarem para o Marketing Sensorial? A identidade Olfativa de uma marca não é “um cheirinho que o gerente gosta e coloca na loja”, é um estudo desenvolvido levando em conta todo o branding construído e diretrizes de uma marca, uma fragrância desenvolvida com base em uma estratégia que visa conquistar seus clientes, criar identificação com eles.

Esta estratégia é bastante usada em Marketing Experience nos Estados Unidos, é uma tendência no Brasil, que já é o maior mercado de Perfumaria mundial e promete ser o primeiro em consumo de cosmético e beleza até 2015, ultrapassando Japão e Estados Unidos. Um povo que valoriza tanto a vaidade, beleza e cheiros merece marcas mais atentas ao perfume de seus ambientes e embalagens, não é mesmo?

Mas quais marcas já aplicam este conceito em seu Marketing Experience?

No Brasil, a Melissa desenvolveu uma fragrância adocicada, semelhante ao tutti-frutti , para receber seus clientes em suas lojas. O cheiro afirmou-se como marca olfativa da Melissa e é reconhecido pelas clientes e defensoras da marca de calçados.

Mas nem sempre dá certo. Quando vamos ao Lar Center, Shopping de Mobiliário em São Paulo, há algumas lojas que proporcionam estas experiências, mas nem sempre a associação do produto ao cheiro acentuado de um ingrediente funciona e não é porque chocolate e madeira são marrons que combinam, não é mesmo?rs

Nos Estados Unidos há marcas que fidelizam e atraem os consumidores que estão na rua para dentro da loja pelo cheiro que exalam. Um exemplo muito forte lá é a marca de moda casual com foco na classe média alta, Abercrombie & Fitch! Quando entramos em uma Abercrombie, seja loja de rua ou mall, logo sabemos que estamos lá, devido à experiência que ela proporciona. Mas tudo começa com a identidade olfativa da marca e aplicada nas lojas.

Outro exemplo é a clássica Victoria’s Secrets. Também com foco no público Classe C, a Victoria’s possui um cheiro diferente, adocicado, sem exagero, que transmite a mensagem da marca, integra o clima agradável das lojas e faz as consumidoras procurarem nas frascos aquele cheiro da loja, que nunca encontram, mas como há vários similares, influência o consumo de outros, aumentando o ticket de vendas.



E então, já pensou como seria o perfume da sua marca?
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